terça-feira, 31 de julho de 2007

MIGUEL YECO - «De volta, Sr. Engeneiro?»

Em 2005 a Câmara Municipal de Sintra apoiou a realização de uma série de performances com Miguel Yeco, acompanhado por Sandra Nunes ao piano e por Ana Mafalda no papel de Ofélia.
Estes espectáculos decorreram nos dias 5, 12, 19 e 26 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal de Sintra, Palácio Valenças.
Miguel Yeco é um artista multifacetado e é sócio da Associação Fernando Pessoa.

Aguardamos com expectativa a “volta do Miguel Yeco” ao nosso convívio.

[Fonte: Imagem – Cartaz promocional do evento. Google]

PLACA COMEMORATIVA DE FERNANDO PESSOA mandada cunhar pela Associação Fernando Pessoa



[Fonte: Imagem - Retrato de Fernando Pessoa. Almada Negreiros, 1954. Col. CML/Casa Fernando Pessoa. Google]

«Search Songs» entoadas pela ROYAL PHILHARMONIC ORCHESTRA no Grande Auditório do CCB

No passado dia 2 de Julho, no Grande Auditório do CCB, a solista Yeree Suh interpretou as cinco canções para soprano e orquestra sobre poemas ingleses de Alexander Search, musicados por Luís Tinoco, acompanhada pela Royal Philharmonic Orchestra, com a direcção do maestro Cesário Costa.

[Fonte: Imagem – Fotografia formal integral da Royal Philharmonic Orchestra disponível em
www.philharmonic.org.uk]

AS PALAVRAS DE PESSOA ANDARAM por Vila Real, Bragança, Chaves e Espinho

De 27 de Março a 27 de Abril de 2007, em Vila Real, Bragança, Chaves e Espinho, decorreu a 3.ª edição do Vinte e Sete: Festival Internacional de Teatro, tendo sido apresentado o espectáculo Sou do Tamanho do Mundo, baseado em textos de Fernando Pessoa, co-produção do Teatro de Vila Real e Peripécia Teatro, com interpretação de Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho e Ángel Fragua, sob direcção de Luís Blat.
Fica o registo. Ver mais em
www.vinteesete.com.

[Fonte: Imagem – Cartaz promocional disponível no site do Festival. Google]

MEMÓRIAS DA ASSOCIAÇÃO FERNANDO PESSOA - Jantares Convívio realizados em 2003

Perseguindo a tradição, em 2003, a Associação Fernando Pessoa organizou e realizou vários jantares convívio no restaurante Martinho da Arcada, nos quais participaram como convidados de honra ilustres personalidades da cultura como José Anes, Teresa Rita Lopes, Risoleta Pinto Pedro e Lubélia Travassos.
Contudo, especialmente marcante foi o jantar convívio realizado em Outubro desse ano com a intenção de homenagear o famoso Grupo Fernando Pessoa, grupo de actores e declamadores que nos idos de 1960 muito contribuiu para divulgar a figura e a obra de Fernando Pessoa por terras brasileiras, numa época em que este poeta ainda não era bem conhecido naquele país. Neste jantar de agradável memória estiveram presentes Laura Soveral, Glória de Matos, João D'Ávila, Isabel Ruth, Norberto Barroca e Manuela de Freitas, que aos presentes deram testemunho da verdade da sua experiência [em tempo serão disponibilizadas fotografias destes eventos].

[Fonte: Imagem - "O cantinho de Pessoa" no Café Martinho da Arcada. Fotografia RTP. Google]

FERNANDO PESSOA em "sítios adormecidos"...


Afinal, o que é que foi que aconteceu a estes blogues?

http://www.fernandopessoa.blogs.sapo.pt
http://www.poemariopessoa.blogs.sapo.pt

Depois da experiência, o que é que acontece?

http://www.lermaispessoa.blogs.sapo.pt

JOÃO RUI DE SOUSA e «A Vocação dos Poetas»

Através do nosso associado, o poeta João Rui de Sousa, soubemos que está para ser reeditado pela Assírio & Alvim, em “edição revista e aumentada”, o título da sua autoria Fernando Pessoa − Empregado de Escritório. Ficamos a aguardar com expectativa.

Entretanto, não resistimos à tentação de transcrever o belíssimo poema de João Rui de Sousa, A Vocação dos Poetas, do seu livro Lavra e Pousio.

A Vocação dos Poetas

Como quem pega na vida
por vezes além da hora,
como quem treina o palato
com limões de estranha história,
mas que decorre do acto
de nada deixar de fora,
tal é a voz que é semente
e que é fruto e é fermento
de quem em fogo labora,
de quem em chamas se sente:

Sem pagar juros de mora
cumpre sempre o seu contrato:
o de não esquecer os sonhos
nem omitir qualquer facto.


[Fonte: Imagem - Máquina Royal, mod. 1940. Fotografia do Google. Poema - “A Vocação dos Poetas”, in João Rui de Sousa, Lavra e Pousio. Lisboa, Publicações D. Quixote, 2005; p.60]

segunda-feira, 30 de julho de 2007

OUTROS PERCURSOS no Grémio Lusitano

Até finais de 2006, no Grémio Lusitano, ao Bairro Alto, estiveram expostos 23 trabalhos da autoria de Victor Belém, retrospectiva de 40 anos de carreira artística.
[Fonte: Imagem - Pintura de Victor Belém. Google]

POR VEZES, AOS SÁBADOS, há Encontros de Poesia

A Associação Fernando Pessoa promove a realização de encontros de poesia, geralmente aos sábados à tarde, mediante envio de convite a todos os associados para que venham dar voz à poesia, à sua poesia.
Estes encontros propiciam a aproximação dos associados aos objectivos e à missão da Associação.
O último Encontro de Poesia realizou-se no passado dia 28 de Abril, às 16h00, no auditório da Escola do Grémio de Instrução Liberal, em Campo de Ourique.

TEXTOS DE FERNANDO PESSOA incorporam a ópera «O Sonho»

Foi apresentada ao público a nova Temporada da Culturgest. Do todo da programação, a ter início em Setembro, destaca-se a estreia em Outubro da ópera O Sonho, encenação de Fernanda Lapa a partir de textos de Fernando Pessoa, direcção musical de Pedro Amaral e participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa e do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Para ver, na Culturgest, a partir do dia 8 de Outubro.
A propósito da estreia desta ópera, realizar-se-á uma mesa redonda com Teresa Rita Lopes, José Blanco e Rui Vieira Nery onde será debatido o universo e o imaginário de Fernando Pessoa. Informação completa disponível em
www.oprimeirodejaneiro.pt.

[Fonte: Imagem - Logótipo da Culturgest. Google]

FERNANDO PESSOA NOUTROS SÍTIOS - É obrigatório consultar





http://www.umfernandopessoa.blogspot.com/ O blogue do Major Reformado.

http://www.mundopessoa.blogspot.com/ O blogue da Casa Fernando Pessoa.


[Fontes: Imagens - Logótipos de omj, ALMA e CFP disponíveis no Google]

FRANCISCO JOSÉ VIEGAS NA CASA FERNANDO PESSOA


A Casa Fernando Pessoa estava cheia de pó, eis o título da entrevista dada por Francisco José Viegas, director da Casa Fernando Pessoa desde Fevereiro de 2006, ao jornalista António Ribeiro Ferreira, publicada no Correio da Manhã, a 29 de Julho de 2007. Entrevista disponível em www.correiodamanha.pt. Francisco José Viegas faz o balanço deste ano e meio de exercício:

[…] Era uma casa sem actividades programadas. […] O objectivo nesse primeiro ano foi encher a casa. Fazer da Casa Fernando Pessoa um lugar marcante na geografia de Campo de Ourique e também na geografia da cidade. […] A casa tem uma biblioteca, um espólio de objectos pessoais de Fernando Pessoa […] um auditório e um espaço para exposições. Tivemos que animar isto tudo. [...] O que nós fizemos foi tirar o pó, limpar a casa, tirar o cheiro a vazio. E esse objectivo foi cumprido. [...] E fizemos outra coisa. Ateliers de leitura e escrita para crianças (…). Exactamente para criar novos públicos. […] Temos de perceber a fortuna, a riqueza de termos uma coisa chamada Fernando Pessoa. […]

Saudamo-lo por ter sabido devolver “o coração” e “a dignidade” à Casa Fernando Pessoa. Fernando Pessoa merece (e agradece)!

[Fonte: Imagem – Francisco José Viegas. Fotografia disponível em
www.mundopessoa.blogspot.com]

MEMÓRIAS FAMILIARES DE FERNANDO PESSOA - A tia-avó Maria Xavier Pinheiro (1830-1911)

Em carta a Armando Côrtes-Rodrigues, Fernando Pessoa referiu-se a esta sua tia-avó materna nascida na Calheta, em S. Jorge, em 1830, vislumbrando através dela raízes poéticas nesta rama familiar, que naquele ambiente aristocrático e conservador de Angra do Heroísmo cultivou o gosto pelas letras e pôde privar com os poetas José Augusto Cabral de Melo e António Moniz Barreto Corte Real.
Nas suas palavras, a tia Maria Xavier Pinheiro era o tipo de mulher culta do século XVIII, céptica em religião, aristocrática e monárquica (…) não admitindo no povo o cepticismo. Da autoria desta sua tia-avó, Fernando Pessoa guardou e transmitiu a Armando Côrtes-Rodrigues o soneto que copiamos (Maria Xavier Pinheiro, «Soneto», in Pedro da Silveira, Antologia de Poesia Açoriana: Do século XVIII a 1975. Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora,1977; pp.130-131).

SONETO

Quem sois vós que escreveis o que eu padeço
E em cujo pensar diviso o meu?
Carpis desilusões bem como eu
E a morte desejais, como apeteço.

Meu sentir é por vós tão bem expresso
Que sinto quanto a vossa alma sofreu.
Vossa sorte infeliz me comoveu,
Que o peito igual ao vosso eu tenho opresso.

Se é grato a quem sofreu dos desenganos
O agro dissabor, achar parceiro
Em desditas cruéis − em cruéis danos −,

Sabei que na minh’alma um verdadeiro,
Um íntimo descer, há muitos anos
Me torna num deserto o mundo inteiro.

domingo, 29 de julho de 2007

ESTA DITOSA PÁTRIA MUITO AMADA de Victor Belém


Dia 29 de Julho, no Centro Cultural da Malaposta realizou-se um debate-tertúlia com Victor Belém subordinado ao tema ... esta é a ditosa pátria minha amada...

[Fonte: Imagem - Ready-made de Victor Belém. Fotografia disponível em www.malaposta.pt]

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades VI


Manuela Júdice organizou. Pedro Proença ilustrou. As Publicações D. Quixote editaram no final de 2006 O Meu Primeiro Pessoa.
Trata-se de uma edição muito bela e apelativa onde os já conhecidos e divulgados textos de Fernando Pessoa, escritos, ou adaptáveis aos leitores mais jovens, são "encenados" numa nova linguagem plástica. Vale a pena ter.


[Fonte: Imagem - Capa do livro referenciado no texto. Google]

RENCONTRES LITTÉRAIRES PORTUGAISES em Nantes, de 10 a 12 de Novembro de 2006


Há pouco menos de um ano, em Nantes, a Poesia Portuguesa Contemporânea reencontrou-se com novos públicos. Falou-se de POESIA e de PESSOA.
É bom saber que Fernando Pessoa está em toda a parte como o verdadeiro Embaixador da Portugalidade.
[Fonte: Imagem - Cartaz dos "Rencontres..." disponível em www.mundopessoa.blogspot.com]

ÁLVARO DE CAMPOS TRADUZIDO PARA CABO-VERDIANO por José Luiz Tavares

[Fonte: Imagem - José Luiz Tavares. Fotografia de Mito Elias. Google]

José Luiz Tavares, poeta cabo-verdiano residente em Portugal, traduziu para crioulo poemas de Fernando Pessoa, nomeadamente, poemas de Álvaro de Campos, que integram a antologia bilíngue com o título Na Sol di Nhas Angústia.
Aguarda-se a edição com bastante expectativa.

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades V




Onésimo Teotónio de Almeida, Livro-me do Desassossego. Lisboa, Temas e Debates, 2006. Um excelente título, de um comunicador exímio, sem fronteiras. A ler.

[Fonte: Imagem - Capa do livro referenciado no texto. Google]

sábado, 28 de julho de 2007

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades IV




CD de poesia de Alberto Caeiro dita por Afonso Dias. Para ouvir em qualquer momento e repousar nas palavras do guardador de rebanhos.
[Fonte: Imagem - Capa do CD. Google]

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades III


Celeste Malpique é a autora do estudo Fernando em Pessoa: Ensaios de Reflexão Psicanalítica, editado pela Fenda Edições, em 2007. A ler.
[Fonte: Imagem - Capa do livro citado no texto. Google]

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades II


Dois novos títulos sobre Fernando Pessoa editados em 2007: Fernando Pessoa: Entre Génio e Loucura, de Jerónimo Pizarro, e A Arca de Pessoa: Novos Ensaios, de Jerónimo Pizarro e Steffen Dix.
[Fontes: Imagens - Capas dos livros citados no texto. Google]

OS GRANDES PORTUGUESES DA RTP

Entre Janeiro e Março de 2007 o País acompanhou a eleição do maior português de entre os grandes portugueses. Qual concurso para a eleição da "Miss Portugal 2007", os modelos foram criteriosamente “vestidos” por especialistas, cada qual exibindo os melhores dotes. Coube a Fernando Pessoa ser “vestido” por Clara Ferreira Alves.
Fernando Pessoa teve a honra de participar no rol dos dez finalistas, numa competição desde logo bipolarizada entre António de Oliveira Salazar e Álvaro Cunhal, num despique de paixões políticas que acordou antigos ódios e fantasmas.
É agora óbvio, os poetas, os maiores de Portugal, Camões e Pessoa, jamais poderiam ter ganho uma luta tão desigual.
Alegra-nos saber que Fernando Pessoa só entrou nesta competição porque foi arrastado por muitos que lhe conhecem o nome sem lhe conhecer a obra.
Não foi ele quem perdeu. Fomos nós que não lhe ouvimos estas palavras sábias sobre António de Oliveira Salazar:

No meio de um povo de incoerentes, de verbosos, de maledicentes por impotência e espirituosos por falta de assunto intelectual, o lente de Coimbra (Santo Deus!, de Coimbra!) marcou como se tivesse caído de uma Inglaterra astral. Depois dos Afonsos Costas, dos Cunhas Leais, de toda a eloquência parlamentar sem ontem nem amanhã na inteligência nem na vontade, a sua simplicidade dura e fria pareceu qualquer cousa de brônzeo e de fundamental […]

“Salazar acabou por ser eleito o maior português de sempre, e sem surpresa!”


[Fonte: Imagem − Fernando Pessoa. Desenho de Almada Negreiros, datado de 30.11.1935. Google]

O RITUAL SEM PALCO de Manuela Nogueira


Indo o ano de 2007 a meio, resolvemos olhar para trás e recuperar informação que nos interessa guardar aqui, neste nosso blogue.
Por razões óbvias, faz todo o sentido chamar a nós a notícia do lançamento do último livro de poesia de Manuela Nogueira − Ritual Sem Palco: Poesias.
Este título foi apresentado ao público por Francisco José Viegas, na Casa Fernando Pessoa, no passado dia 12 de Dezembro de 2006.

Decorridos sete meses, cumpre-nos perguntar: − “Manuela, onde estão os novos poemas?”

[Fonte: Imagem – Capa do livro de Manuela Nogueira, Ritual Sem Palco: Poesias. Lisboa, Vela Branca, 2006. Google]


PARA VER NA CASA FERNANDO PESSOA até meados de Setembro


Este ano, durante o período de férias, e até meados de Setembro, a Casa Fernando Pessoa abre portas ao público para apresentar duas exposições distintas, mas complementares, se considerarmos que, embora reunindo trabalhos de artistas de gerações e de escolas muito diferentes, ambas concorrem para a construção ideal da identidade de Fernando Pessoa.
Na ampla sala da recepção, como que a receber os visitantes, foram expostas obras pertencentes ao espólio da Câmara Municipal de Lisboa/Casa Fernando Pessoa, sobressaindo telas de grande dimensão, como o tríptico de Manuel Amado sobre a matéria do tempo e sobre o declínio das horas no espaço da vida, mas também um pequeno núcleo de esculturas em pasta de papel, ou a célebre cómoda que pertenceu ao poeta, peça de inegável valor simbólico e iconográfico.
Na sala de exposições do 3.º andar estão expostos trabalhos dos alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, subordinados ao tema Dá-me vinho que a vida é nada, numa clara e livre interpretação poética do imaginário de Fernando Pessoa. Esta mostra resulta da parceria estabelecida entre a Casa Fernando Pessoa e a Associação de Estudantes da FBAUL.

Recomendamos.

Casa Fernando Pessoa, Rua Coelho da Rocha, n.º 16, 1250-088 Lisboa
Telefone: 21 391 32 70.
Horário: 2.ª a 6.ª Feira, 10h00-18h00; 5.ª Feira, 13h00-20h00.
Mais informação:
www.mundopessoa.blogspot.com


[Fonte: Imagem − Fotografia da exposição do espólio da CFP, patente ao público na CFP, até meados de Setembro. Google]

BIBLIOTECA PESSOANA - Novidades I




No passado dia 12 de Junho, na Casa Fernando Pessoa, Luísa Freire, Richard Zenith e Teresa Rita Lopes reuniram-se com o público para falar de “Fernando Pessoa, Poeta Inglês”. Armanda Booth e João Grosso leram poemas. Na altura, foi apresentado o novo volume da Obra Essencial de Fernando Pessoa, volume dedicado à Poesia Inglesa, editado pela Assírio & Alvim.

[Fonte: Imagem − Capa da obra referida no texto. Google]

«Meu Bébé pequenino, minha Nininha:» (Carta a Ophélia, datada de 28 de Maio de 1920)

[Fonte: Imagem - Fotografia de Ofélia Queiroz. Google]

NOTÍCIAS DO CAFÉ MARTINHO DA ARCADA - Jantar Convívio de Homenagem ao Poeta Carlos Queiroz (1907-1949)


Realizou-se no passado dia 16 de Maio de 2007, no Café Martinho da Arcada, um jantar convívio de homenagem ao poeta Carlos Queiroz.
Coube a Fernando Martinho, Professor de Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a tarefa de evocar a figura e a obra literária de Carlos Queiroz, poeta que privou e foi amigo íntimo de Fernando Pessoa.
Na ocasião em que a Associação Fernando Pessoa comemorou o centésimo aniversário do nascimento de Carlos Queiroz, dignaram-se estar presentes os filhos e demais família do escritor, que consigo trouxeram o belíssimo retrato pintado por Sara Afonso, gesto que contribuiu para solenizar o momento e para aquecer a sala do Café Martinho da Arcada com a presença do poeta.
No decurso da sessão, o professor Fernando Martinho e o actor Luís Lucas leram poemas de Carlos Queiroz. Intervieram ainda, o escritor Ernesto Melo e Castro, o mestre Lagoa Henriques e Cármen Filomena.

Foi um momento bastante concorrido, podendo dizer-se que estiveram presentes mais de setenta convidados, o que muito honra a Associação Fernando Pessoa.
Ao terminar esta “memória”, transcrevemos um dos poemas de Carlos Queiroz, que foi seleccionado e lido pelo professor Fernando Martinho, onde se identifica a “ironia moderna a par da simplicidade formal de pendor clássico”, marcas distintivas da poesia de Carlos Queiroz.

A ciência avança
Progridem as técnicas
− Mas os violinos
Não mudam de forma.

[Fontes: Imagem – Fotografia de Carlos Queiroz. Google. Poema − “A ciência avança”, in Carlos Queiroz, Breve Tratado de Não-Versificação. Lisboa, ed. do autor, 1948; N.º 50, p.58]