quinta-feira, 8 de julho de 2010

D. SEBASTIÃO – Fernando Pessoa


Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.


Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,

Cadáver adiado que procria?


Fernando Pessoa, in «Mensagem»

[...] Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?


[...]

Cadáver adiado que procria…

[Imagem: Capa. Fonte – Google.]

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo (1921 – 2010)


Não só de Pessoa se faz a Literatura Portuguesa.

Em cada escritor existe um pouco de nós. Os títulos que nos ficam acrescentam beleza às nossas vidas.

Matilde Rosa Araújo era assim: serena, delicada, elegante, pessoa doce, pura, plena de alegria de viver. Foi mas fica connosco.

A Associação Fernando Pessoa presta-lhe sincera homenagem.

[Imagem: Matilde Rosa Araújo. Ilustração Portuguesa. Fonte: Google.]

Fernando Pessoa em Dicionário, e no Brasil…

Em boa hora a editora Caminho apresentou no Brasil o Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, obra fundamental para a investigação em torno do autor e da sua época.

Nota: Sob coordenação de Fernando Cabral Martins, a obra tem entradas de Fernando J.B. Martinho, Manuel Gusmão, Richard Zenith, Haquira Osakabe, Leyla Perrone-Moisés, Jerónimo Pizarro, Manuela Parreira da Silva, Teresa Rita Lopes…

Sobre a demolição de um prédio Arte Nova, na confluência da Av. Casal Ribeiro com a Rua Almirante Barroso, dito “lugar de memória” de Fernando Pessoa


A notícia não é nova, é velha de anos e dias. O assunto não é novo, é velho de anos e dias.
As opiniões contraditórias são opiniões de quem as teve ou de quem as tem e isso vale o que vale.
O que queremos salientar é que, noutro contexto, se adiantou a ideia da “Lisboa de Pessoa”, chavão, logómarca (de logótipo), que parece ter razão se ser e de surgir.
Poderíamos lembrar o caso de Dublin, para ilustrar o quanto importa preservar o sítio, mas também o edifício, o espaço, a ambiência, um aroma de época.
É certo que, entre a “Casa Fernando Pessoa”, ali à Rua Coelho da Rocha, o Martinho da Arcada, o Largo de São Carlos, a Brasileira do Chiado, etc., não faltam “lugares de Pessoa” na cidade de Lisboa.
É certo que, pelas mil andanças em Lisboa, Fernando Pessoa é de todo o lado, de todo o bairro; aliás, Fernando Pessoa mora na “Língua Portuguesa” como bem gostava de morar…
Mas também é certo que, com a conivência impávida de todos, um por um, seja de Pessoa ou de Garrett, vão desaparecendo as marcas físicas de outras épocas até só termos as lindíssimas fotografias de Joshua Benoliel e de outros como ele para podermos evocar a Lisboa velha e de Pessoa. No ar, levemente, fica uma certa nostalgia e a incompreensão…

[Imagem: “Ciganos no Marquês de Pombal” - Joshua Benoliel, 1909. Col. AFML. Fonte: Google.]

sábado, 3 de julho de 2010

Foi lançado o «lince: conversor para a nova ortografia»

«A Biblioteca Particular de Fernando Pessoa»


No passado dia 1 de Julho foi apresentado ao público o 1.º volume da “colecção acervo da Casa Fernando Pessoa”, «A Biblioteca Particular de Fernando Pessoa», trabalho da autoria de Jerónimo Pizarro, Patrício Ferrari e António Cardiello.

Trata-se de uma obra fundamental para o conhecimento da biblioteca particular do poeta. Ficamos a aguardar o lançamento dos próximos volumes: "objectos pessoais"; "acervo artístico da CFP"...

Casa Fernando Pessoa - 21 de Julho, 17h30: Leitura – Maria Bethânia

Divulgação de convite para a Casa Fernando Pessoa. A não perder!


Câmara Municipal de Lisboa
Casa Fernando Pessoa
R. Coelho da Rocha, 16
1250-088 Lisboa
Tel. 21.3913270
Autocarros: 709, 720, 738 Eléctricos: 25, 28 Metro: Rato
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt
www.mundopessoa.blogs.sapo.pt